quarta-feira, julho 11, 2007

Para Sempre Perdido


Para Sempre Perdido

Na estada molhada
Um homem caminha.
A alma encharcada,
O andar desalinha.

Não sabe quem é,
Nem para onde vai.
Falta-lhe a fé,
No olhar que cai…

Perdeu o futuro.
Perdeu a razão.
Viaja inseguro,
Palpando a escuridão.

E sem nada saber,
Vive o que não é.
Só sabe sofrer,
Nem se aguenta de pé.

Pobre coitado,
Espírito inquieto.
Não és amado,
Não tens afecto.

Lamento por ti,
Lamento o passado.
Aquilo que vi,
Chama-se ser mal amado.

Para sempre perdido,
Sem rumo certo,
De andar sofrido
E olhar deserto.

Vais e não voltas.
Dizes adeus.
De asas soltas
Voltas aos céus…

2007

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