
Chorar
Quero chorar!
Mas não aqui, à frente dela.
Quero chorar!
Porque se fechou a última janela…
A janela para o mundo
Com que todas as noites sonhava em respirar
Desejo, que da alma oriundo,
Tentei com a vida concretizar.
Fecha-se talvez porque nunca me a tenhas aberto!
Onde estava perdida a cabeça
Para no sonho mais desperto
Ter ousado tão louca crença?
Vão, o café,
Onde se perde o olhar.
E só na bruma existe ainda a fé
Que tenho de te abraçar.
O que eu dava para ter e não ter
Só, e uma só lágrima fria,
Que com o seu fogo te fizesse ver
Como o peito se desvanecia.
Agora sei que nem sequer imaginas,
Ou que alguma vez concebeste
Que as coisas mais pequeninas,
Foram as maiores que já me deste.
Porque eu sou assim,
O meu muito é o teu nada
E onde há uma partida para mim
Há para ti uma chegada.
Às vezes, acho que já foi demais o que vivi,
Porque sinto a frustração das constantes derrotas,
Pois ao fim de tanto tempo ainda não vi
Nada para além do fechar de janelas e portas.
2006
Quero chorar!
Mas não aqui, à frente dela.
Quero chorar!
Porque se fechou a última janela…
A janela para o mundo
Com que todas as noites sonhava em respirar
Desejo, que da alma oriundo,
Tentei com a vida concretizar.
Fecha-se talvez porque nunca me a tenhas aberto!
Onde estava perdida a cabeça
Para no sonho mais desperto
Ter ousado tão louca crença?
Vão, o café,
Onde se perde o olhar.
E só na bruma existe ainda a fé
Que tenho de te abraçar.
O que eu dava para ter e não ter
Só, e uma só lágrima fria,
Que com o seu fogo te fizesse ver
Como o peito se desvanecia.
Agora sei que nem sequer imaginas,
Ou que alguma vez concebeste
Que as coisas mais pequeninas,
Foram as maiores que já me deste.
Porque eu sou assim,
O meu muito é o teu nada
E onde há uma partida para mim
Há para ti uma chegada.
Às vezes, acho que já foi demais o que vivi,
Porque sinto a frustração das constantes derrotas,
Pois ao fim de tanto tempo ainda não vi
Nada para além do fechar de janelas e portas.
2006
Sem comentários:
Enviar um comentário