domingo, julho 09, 2006

as tuas mãos estão frias








As Tuas Mãos Estão Frias

Vejo o rio lá ao longe,
Com as luzes bem no fundo.
Espero por ti,
Espero só mais um segundo.

Vou esperar até quando?
Com a lua a rir de mim,
Com o coração chorando,
E chamando por ti…

Não podes saber!
Não, hoje não te vou contar,
Mesmo com a alma a arder,
Sei que tenho de negar.

Que voltei a abrir a arca,
Das recordações já esquecidas.
Tornados de lembranças,
De mil outras vidas…

Dás-me as mãos uma última vez
E partes sem entender,
Que a minha sensatez
Foi só para te proteger.

E quando a noite já vai alta,
Lembro-me do teu sorriso.
Sei o quanto me faz falta,
Mas tenho de negar que o preciso.

Que quero sentir de novo as tuas mãos
Sempre tão suaves, finas e macias,
Que eu aquecia no calor das minhas,
Para as fazer esquecer que às vezes estão frias…

2005

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