
As Tuas Mãos Estão Frias
Vejo o rio lá ao longe,
Com as luzes bem no fundo.
Espero por ti,
Espero só mais um segundo.
Vou esperar até quando?
Com a lua a rir de mim,
Com o coração chorando,
E chamando por ti…
Não podes saber!
Não, hoje não te vou contar,
Mesmo com a alma a arder,
Sei que tenho de negar.
Que voltei a abrir a arca,
Das recordações já esquecidas.
Tornados de lembranças,
De mil outras vidas…
Dás-me as mãos uma última vez
E partes sem entender,
Que a minha sensatez
Foi só para te proteger.
E quando a noite já vai alta,
Lembro-me do teu sorriso.
Sei o quanto me faz falta,
Mas tenho de negar que o preciso.
Que quero sentir de novo as tuas mãos
Sempre tão suaves, finas e macias,
Que eu aquecia no calor das minhas,
Para as fazer esquecer que às vezes estão frias…
2005
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