
História de um Poema
De mundo às costas,
Seguindo trilho ardiloso.
Relembra frases postas,
Ao tempo fogoso.
Pegando em escopro e martelo,
Fez a estátua imperfeita,
Que de olhar belo,
Reflecte a sua alma desfeita.
Mas a estátua ganha vida.
E embora cambaleando,
Toma a alma nunca antes tida,
Pois solta a língua rimando.
Nesse mesmo lugar,
Também o quadro se pinta.
A tela é o luar
E do sol brota a tinta.
Ele e só ele produz o sonho,
O desejo de encontrar.
Mais do que ouro, prata ou estanho,
Um lugar para repousar.
Lá cria com magia,
O que só o tempo destrói.
Tirando-lhe o poder que dele faria,
Imperador, rei, herói.
E ela não é esquecida,
Pois está nela o movimento celeste.
A razão da nova vida,
Que desperta com o sol de leste.
2005
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