quarta-feira, maio 10, 2006

Dias de Tudo e de Nada










Dias de Tudo e de Nada

Palavras que saem sem encaixe,
Nem significado.
Largando a rima ao tempo
E tornando-a passado.

Criação foge entre fogo,
Para não ser agarrada,
Queimando o céu dourado
E a noite estrelada.

Num mundo feito por todos,
Mas onde não há culpado,
Crescem escuras ilusões,
Para ocultar o errado.

Gritei e chorei!
Em perfeita indecisão…
De mente vazia,
E lápis na mão.

Escrevendo ao acaso,
O que ninguém vai ler.
Palavras incoerentes,
Que nunca vou perceber.

O que foi levado voltará,
Pela mão do futuro.
Fortemente rebuscado,
De um passado inseguro.

2005

Sem comentários: