domingo, setembro 28, 2008

Jardim das Borboletas


Jardim das Borboletas

Fui entrando, sonhador e decidido
Pelo portão dos sonhos, entrada do jardim.
Dispo-me de todo o tempo vivido
E sou apenas eu, o melhor de mim!

Passo a passo, sonho em sonho,
Me envolvo onde estou.
E nesta viagem só eu ponho,
O limite para onde vou.

Piso o verde fresco deste lugar,
Onde me chama o desejo.
Vogo pela brisa para buscar
O mais doce e eterno beijo.

Encontro num vale o rio,
Onde correm cor e beleza,
Nele mergulho e confio
Minha vontade e certeza.

Eu te acho no outro lado,
Destas águas cheias de vida,
Envolta num manto dourado
Em luz a tua pele vestida.

Caminho para ti vidrado,
Nesse olhar tão sem fim.
O teu sorriso perfumado,
O teu corpo de cetim.

Abraças o meu ser,
Até ao mais fundo da alma
E deixas-me adormecer,
Descansar na tua clama.

Deitados sobre o chão,
Cor de esperança e alegria,
Ferve em mim a paixão,
Ferve em mim esse dia!

Em que o céu foi mais azul,
O sol nasceu noutro lugar,
O vento, que sopra para sul,
Veio para nos fazer voar.

Sermos magia de criança,
Sonho belo de madrugada.
O infinito que se alcança
Para nós é a chegada.

Da viagem neste jardim,
Num caminho de nós.
Ainda vibra em mim
A melodia da tua suave voz.

E ao chegar o anoitecer,
Beijo a tua pele tão quente,
Suave aroma faz viver
Este fogo tão ardente…

Desvanecemo-nos depois,
Num bater de asas, sou feliz!
Tudo isto é de nós dois,
Borboletas, como sempre quis…


Estação do Céu
26.09.2008

( ξβ porque sim!!!)


3 comentários:

Wilke disse...

Um sentimento tão sublime trespassa as tuas palavras!

=)

Pedro Mota disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Um dia a outra imagem vai fazer sentido e quero palavras a descreve-la =)* Gosto-te*