segunda-feira, abril 05, 2010

Apoteose e Amor


Apoteose e Amor

O amor cansa-se!

Quando não é amado,

Quando é deixado ao sabor de um qualquer vento…

O amor chora!

Se não o abraças, no calor do teu colo, na ternura da tua alma…

O amor morre!

Se matas em ti a verdade e deixas o mundo engolir quem és…


Mas se o amor se cansa e chora e morre,

Onde pensas que acordarão os teus olhos amanhã?

Num qualquer campo infértil de cinza e pó,

Num mar triste, seco e sem balanço,

Num inferno há muito perdido que até o fogo esqueceu…~


O que queres tu do amor?

Sim, o que queres tu do amor?

Onde o queres levar, onde o queres deixar?

Onde o queres sujar e entristecer com a tua vil existência?


Esquece o mundo…

O Lugar do Amor está onde não paras os teus olhos,

Onde não descansas os teus dias, os teus anos, os teus universos…

O Amor mora na eternidade das cores e das palavras,

Na música dos gestos e do toque, na pressa de chegar…


Abraça um sorriso…

O primeiro e verdadeiro que consigas apanhar…

Porque os sorrisos fogem, os sorrisos escondem-se,

Entre outros sorrisos menos verdadeiros.


Não esperes pelo sol…

O sol tu já tens, falta-te luz…

Olha para mim, vê-me uma vez de verdade.

Vê onde pousam os meus olhos e a minha alma,

Onde morro por tanta vida, onde caiu para nunca parar de subir.


Olha para Ela, a ternura, o sorriso nos olhos,

O cintilar de cada gesto, o vibrar de cada passo,

A magia de cada palavra, o balancear de cada momento…


Olha para mim, vês como eu a vejo?

Até onde levam os olhos a alma?

Até onde toca a essência antes mesmo de a tocar?


Não é outro espelho do mundo,

É um só murmúrio do céu,

Tão meu, tão verdadeiro,

Tão delicado, tão de mim…


Olha para mim, vês como eu a vejo?

Sintra \ Ericeira

21.03.2010

=)(= "Belo dia..."

Sem comentários: