
Morrer
Dei dois passos
E então cai.
Abri os braços,
Respirei fundo e sorri.
Cortei os laços
A que me prendi.
Vou explodir!
Aperto os dedos
Para nada fugir.
Deixo só os medos,
Esses podem partir
De meus olhos ledos.
Livre do mundo,
Preso a mim.
Poço sem fundo,
Asas de querubim.
A vida num segundo,
Único, sem fim…
Tempo sobre tempo,
Escuridão a cair,
Num só movimento,
Que me faz sair.
Tão breve mas lento
Este meu sumir.
Paro de repente!
Há algo familiar
Neste estranho subitamente.
Como pode uma queda parar
E ter fim o eternamente,
Para onde me queriam levar?
O corpo contraído,
Enche-o a dor.
Instante sofrido
Passa sem clamor.
Logo esquecido,
Cresce o calor…
Sobe a ansiedade
E corpo também.
Alguém o puxa à verdade
Quem será, quem?
Quem devolve a liberdade
Que foi e agora vem?
Dei dois passos
E então cai.
Abri os braços,
Respirei fundo e sorri.
Cortei os laços
A que me prendi.
Vou explodir!
Aperto os dedos
Para nada fugir.
Deixo só os medos,
Esses podem partir
De meus olhos ledos.
Livre do mundo,
Preso a mim.
Poço sem fundo,
Asas de querubim.
A vida num segundo,
Único, sem fim…
Tempo sobre tempo,
Escuridão a cair,
Num só movimento,
Que me faz sair.
Tão breve mas lento
Este meu sumir.
Paro de repente!
Há algo familiar
Neste estranho subitamente.
Como pode uma queda parar
E ter fim o eternamente,
Para onde me queriam levar?
O corpo contraído,
Enche-o a dor.
Instante sofrido
Passa sem clamor.
Logo esquecido,
Cresce o calor…
Sobe a ansiedade
E corpo também.
Alguém o puxa à verdade
Quem será, quem?
Quem devolve a liberdade
Que foi e agora vem?
Plenitude!
Enche-me de mim,
Será mais uma vicissitude?
Princípio ou fim?
Não é inquietude,
Mas é frenesim.
Sombras de luz imensa
Confortam, abraçam,
Que força intensa
Com que trespassam.
Acendem a crença
No fogo que lançam.
Morri
De tanta vida.
Parti
Para voltar à partida.
Cheguei e vi
Adeus, estou de saída…
Vou lutar
De sangue e alma.
Coração a palpitar
De tanta calma.
Conheço o verbo sonhar
Como da minha mão a palma.
Luto pelo céu,
Pelo sonho que vivi.
Deito-me no mausoléu,
Que eu próprio construí,
Para escondido no teu véu,
Ser tudo dentro de ti.
Chamas de fulgores anis,
Luz no inferno.
Cinzas em que me desfiz,
Calor de Inverno.
És tudo o que sempre quis,
Amor eterno!
Lisboa
13.07.2007
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