
Fascínio de Mudança
A noite não é a luz que falta,
Nem os escuro que cresce.
Não é o coração, a pulsar que salta,
Nem um corpo que se mexe.
Fazem-se conclaves,
De gentes desconhecidas
Para erguer pelas claves
Partituras, escritos e outras vidas...
Arrastam-se em frenesim,
Aqueles cujo interior colapsa.
Noite após noite festim,
Que passa, passa, passa...
Donde vieste?
Para onde voltas?
Que amor trouxeste?
Que segredos escoltas?
Que guarda armada é a tua,
Que me deixa sem mim?
Que intriga as pedras na rua,
Passos e passos sem fim...
Fascinante certeza
Do sorriso a deambular.
Terrível bela natureza
Que me deixou a pensar...
Mudar assim um universo
Só com sorrisos e fitar de olhos.
Se não há sonho, não há verso,
Há um barco preso nos escolhos...
Ah mas eram olhos vivos!
Eram olhos de um tudo infinito.
Lábios esquivos
Beijando o que foi escrito.
Apagando ponto a ponto,
Letra a letra, sem parar,
O que tem sido o encontro
De uma vida sem pensar...
Escrever a alma
Sem ter lido a paz e a guerra,
É não saber o que diz essa palma
Nem os segredos que encerra.
Quem me dera mais uma hora...
E outra e outra depois dessas.
Andar por cenas e actos fora
A ver o mundo representar as suas peças.
E tu que partiste o inquebrável,
E reescreveste os papiros de um passado,
Levas o sorriso inesgotável
E deixas-me um todo uno e saciado...
05.02.2008
Bandalhoeira
A noite não é a luz que falta,
Nem os escuro que cresce.
Não é o coração, a pulsar que salta,
Nem um corpo que se mexe.
Fazem-se conclaves,
De gentes desconhecidas
Para erguer pelas claves
Partituras, escritos e outras vidas...
Arrastam-se em frenesim,
Aqueles cujo interior colapsa.
Noite após noite festim,
Que passa, passa, passa...
Donde vieste?
Para onde voltas?
Que amor trouxeste?
Que segredos escoltas?
Que guarda armada é a tua,
Que me deixa sem mim?
Que intriga as pedras na rua,
Passos e passos sem fim...
Fascinante certeza
Do sorriso a deambular.
Terrível bela natureza
Que me deixou a pensar...
Mudar assim um universo
Só com sorrisos e fitar de olhos.
Se não há sonho, não há verso,
Há um barco preso nos escolhos...
Ah mas eram olhos vivos!
Eram olhos de um tudo infinito.
Lábios esquivos
Beijando o que foi escrito.
Apagando ponto a ponto,
Letra a letra, sem parar,
O que tem sido o encontro
De uma vida sem pensar...
Escrever a alma
Sem ter lido a paz e a guerra,
É não saber o que diz essa palma
Nem os segredos que encerra.
Quem me dera mais uma hora...
E outra e outra depois dessas.
Andar por cenas e actos fora
A ver o mundo representar as suas peças.
E tu que partiste o inquebrável,
E reescreveste os papiros de um passado,
Levas o sorriso inesgotável
E deixas-me um todo uno e saciado...
05.02.2008
Bandalhoeira
Para ti doce desconhecida...
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